Hoje em dia é inimaginável viver sem eletricidade. Pense em um mundo sem luz elétrica, eletrodmésticos, sem internet. Mas como foi a chegada da luz em nossa cidade? Veja nna matéria abaixo e acompanhe a história da eletricidade em Venâncio Aires.
Imagine em sua cabeça, um tempo onde a eletricidade não existia, sem luz, eletrodmésticos ou internet. Assim era a pacata cidade de Venâncio Aires no final do século XIX.
Ainda durante o dia, se tinha o auxílio do sol que abrilhantava a pequena vila. Já à noite, o recurso utilizado eram lampiões a querosene, que amenizava o breu da madrugada. A não ser quando o luar era tão resplandecente que assumia o encargo da iluminação das ruas. Estes lampiões eram acesos, durante muito tempo, por Antônio José Fagundes. Nico, como era mais conhecido, nasceu em Linha Cerros dos Bois, em 1883, e era cunhado de Izidoro José Machado, que fora concessionário dos primeiros serviços de iluminação pública do município.
Segundo consta, haviam postes apenas na rua 28 de Setembro (atual rua Osvaldo Aranha), sendo distribuídos 3 postes por quadra.
De acordo com o contrato assinado no dia 30 de abril de 1898, entre a Intendência Municipal e o concessionário Izidoro José Machado, estabeleceu-se as seguintes condições:
Um ano após, em 1899, Izidoro Machado comprometeu-se pela iluminação de 22 lampiões, recebendo R$ 130$000 (centro e trinta mil réis) mensais pelo serviço. Além disso, somou-se mais uma cláusula ao contrato, o contratante se responsabilizava em manter acesos o lampiões em noites de bailes ou de discussões públicas, recebendo assim, R$ 2$000 (dois mil réis) pr noite. Izidoro prestou o serviço até 1901, após, a responsabilidade foi assumida por Manuel Leopoldo Ribeiro.
Com o decorrer dos anos, notou-se a necessidade de evoluir o método de iluminação pública, por diversos fatores, o custo dos lampiões era elevado, o resultado era insuficiente e além disso tudo, lideranças locais notaram que o povoamento da pequena vila estava crescendo e seria necessário evoluir no abastecimento energético.
Em 1911, na gestão do coronel Thomaz José Pereira Júnior, foi apresentado um projeto de instalação de uma usina que cobraria pelo serviço, 25:000$000 (vinte e cinco contos de réis). No entanto, o contrato não foi firmado devido à precaridade financeira da Intendência. Dois anos após, outro projeto fora apresentado, mas foi rejeitado igualmente.
Em 1914, a intendência assinou um contrato para o fornecimento de energia elétrica, com Patrício de Paula Guedez. Este, teria que conceder energia elétrica dentro da zona urbana da vila. Em contrpartida, fora as tarifas mensais que poderia cobrar dos usuários, poderia explorar serviços livre de impostos, por um prazo de 15 anos. Por motivos desconhecidos, este contrato não fora cumprido.
Finalmente, em 22 de julho de 1916, a Intendência contratou os serviços de Jorge Schuck, que comprometeu-se em instalar o material necessário para a distribuição de energia elétrica, sem prejudicar a segurança pública e a rede telefônica existente. Dentre outros termos contratuais, firmou-se o seguinte:
A usina de elétrica de Jorge Schuck foi constuída na esquina da rua Júlio de Castilhos, esquina com a Barão do Triunfo. Em anexo à usina, havia um oficina mecânica, muito bem preparada, onde o o próprio Schuck, um nome já conceituado no município, prestava serviços elétricos à comunidade. A geração e distribuição de energia elétrica sob a responsabilidade de Jorge Schuck, permaneceu até as proximidades de 1940. Foi quando a Prefeitura deicidiu cobrir o serviço.
A nova Usina Elétrica Municipal foi inaugurada em 1942, realizando o ofício até 1956, possuíndo cinco geradores termelétricos. Esta usina estava localizada na rua Tiradentes, na esquina com a rua Sete de Setembro.
A partir de 1956, a energia elétrica passou a ser responsabilidade da Usina Termelétrica de São Jerônimo. Com a criação da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) na década de 1960, coube à esta estatal prover energia elétrica ao município. Já em 1997, houve a privatização da CEEE, quando foi comprada pela AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S/A. Esta última, foi adquirida em 2016, pela empresa CPFL Energia, que atua aqui através da sua distribuidora RGE (Rio Grande Energia).
QUIZ | Chimarrão
QUIZ | Venâncio de Oliveira Ayres
QUIZ | Biblioteca Pública Caá Yari
QUIZ | Clube de Leituras